Desmatamento em queda no Brasil

Publicado em 16/05/2025 por Laércio Pimentel

O desmatamento no Brasil registrou uma queda significativa em 2024, reduzindo 32,4% em comparação com 2023, conforme o relatório da Rede MapBiomas. Esta foi a primeira vez, desde o início da medição em 2019, que todos os biomas apresentaram diminuição no desmatamento, com exceção da Mata Atlântica, que permaneceu estável. O Cerrado segue como o bioma mais afetado, respondendo por 52,5% da destruição total, seguido pela Amazônia, com 30,4%. A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentrou a maior parte do desmatamento do Cerrado e da perda de vegetação nativa no país, embora tenha registrado uma queda de 40% em relação ao ano anterior.

Além disso, especialistas e autoridades debateram, em eventos preparatórios para a COP30, a necessidade de tornar a energia um direito universal no Brasil. A diretora-executiva do evento destacou que, enquanto as emissões de carbono no país são majoritariamente causadas pelo desmatamento, a matriz energética brasileira já é uma das mais renováveis do mundo. O objetivo é triplicar a capacidade de energias renováveis até 2030 e melhorar a eficiência energética, considerando que milhões de brasileiros ainda vivem em situação de exclusão energética.

A redução do desmatamento no Brasil em 2024 trouxe impactos ambientais e econômicos significativos. Vamos analisar os principais efeitos:

Impactos Ambientais

  • Preservação da biodiversidade: a queda de 32,4% no desmatamento contribui para a proteção de ecossistemas essenciais, reduzindo a perda de espécies vegetais e animais.
  • Menor emissão de carbono: o desmatamento é uma das principais fontes de emissões de gases do efeito estufa no Brasil. A redução ajuda a mitigar as mudanças climáticas.
  • Recuperação de recursos hídricos: a preservação de florestas mantém o equilíbrio dos ciclos hídricos, garantindo a qualidade da água e evitando secas prolongadas.
  • Proteção de comunidades indígenas e tradicionais: com menos desmatamento, há menor pressão sobre territórios indígenas e populações que dependem da floresta para sua subsistência.

Impactos Econômicos

  • Agronegócio sustentável: a queda no desmatamento pode impulsionar práticas agrícolas mais sustentáveis, aumentando a competitividade do Brasil no mercado internacional.
  • Investimentos em energias renováveis: com a COP30 destacando a necessidade de triplicar a capacidade de energias limpas até 2030, o Brasil pode atrair mais investimentos para fontes renováveis.
  • Turismo ecológico: a preservação ambiental fortalece o ecoturismo, gerando empregos e renda para comunidades locais.
  • Regulação e fiscalização: a redução do desmatamento pode indicar maior eficácia das políticas ambientais, o que melhora a imagem do Brasil no cenário global e pode atrair investimentos estrangeiros.