A menos de 15 dias para a COP30, as expectativas em torno da conferência e das propostas a serem apresentadas ganham ainda mais força. Segundo levantamento do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, temas relacionados a tecnologias e fontes de energia renovável, soluções de baixo carbono, preservação de florestas e biodiversidade e impactos sociais das mudanças do clima estarão no centro das discussões, em Belém (PA), envolvendo os setores público e privado.
Com suas operações no coração da floresta amazônica paraense, a Agropalma, empresa brasileira reconhecida mundialmente como referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma, reitera o seu posicionamento que, há mais de 20 anos, a coloca na vanguarda dessa agenda. Com um modelo de negócio que une produção e preservação, a companhia implementa projetos que aliam proteção ambiental, desenvolvimento socioeconômico e investimentos em energias renováveis, provando que a bioeconomia na Amazônia é um caminho viável e já consolidado.
“Nosso compromisso com a floresta não nasceu de uma demanda recente do mercado, mas, sim, da premissa do nosso próprio negócio. Entendemos desde o início que a perenidade da nossa operação dependia diretamente da saúde do ecossistema ao nosso redor”, afirma Tulio Dias Brito, diretor de Sustentabilidade da Agropalma.
Conheça as iniciativas da Agropalma que corroboram com as principais discussões da COP30:
Programas de Proteção de Florestas e Monitoramento da Biodiversidade
Desde 2002, a companhia é guardiã de 64 mil hectares, o correspondente a cerca de 60% dos 107 mil hectares que possui – consequência de uma premissa de longo prazo de que para cada hectare de palma plantado, 1,6 hectare de floresta nativa é protegido. Essa é uma das maiores áreas de proteção florestal mantidas por uma empresa privada na região e por uma produtora de dendê no mercado global.
Para preservação dessa área a Agropalma investe, anualmente, cerca de R$ 2 milhões nos Programas de Proteção de Florestas e Monitoramento da Biodiversidade. A iniciativa realiza o resguardo das áreas com o apoio de uma equipe de guardas florestais permanentes e de um sistema de segurança robusto para prevenir extração ilegal de madeira e invasões, com foco na resolução não violenta de conflitos e diálogo. Já a ação em prol da diversidade biológica, realizada há 18 anos em parceria com a Conservation International (CI), monitora mais de 1 mil espécies da fauna, muitas delas ameaçadas. Graças a essas ações, a região é um refúgio seguro para a vida selvagem.
SOMAR
O Programa de Responsabilidade Socioambiental - SOMAR é uma iniciativa que nasceu do progresso de diversas ações socioambientais desenvolvidas com parceiros estratégicos desde 2003 que agora se conectam em um programa único metodologicamente estruturado com o apoio da Earthworm Foundation (EF). Em andamento há dois anos, o programa visa estabelecer um diálogo transparente e colaborativo entre a companhia e as partes interessadas a fim de promover a preservação da floresta e da biodiversidade, bem como o desenvolvimento econômico e social, por meio de relações de confiança e soluções conjuntas para demandas regionais. Essa abordagem proativa visa mitigar conflitos e propiciar um crescimento justo, envolvendo comunidades e cidadãos de todas as idades nos processos de preservação ambiental e desenvolvimento econômico e social.
A iniciativa já impactou positivamente a vida de mais de 10 mil pessoas em 34 comunidades nos municípios de Tailândia, Moju, Acará e Tomé-Açú, no Pará, incluindo assentamentos, núcleos rurais e urbanos, populações tradicionais e associações de produtores.
Programa de Agricultura Familiar e Integrada
Em 2002, a Agropalma foi pioneira no lançamento do Programa de Agricultura Familiar e Integrada, direcionado a atender pequenos produtores que, até então, viviam da agricultura de subsistência e do extrativismo, e contribuir com o fortalecimento da economia local e a melhoria da qualidade de vida. No início, cerca de 50 famílias eram atendidas. Hoje, a iniciativa já conta com mais de 439 agricultores familiares e 66 produtores integrados.
O programa consiste em viabilizar oportunidades de trabalho, fornecendo acesso aos melhores materiais de plantio e insumos agrícolas, além de aconselhamento, apoio técnico e treinamento contínuo sobre práticas de sustentabilidade e requisitos legais. Nele, a Agropalma também assegura a compra de 100% dos frutos da palma produzidos pelas famílias, independentemente da variação do mercado, seguindo uma política justa de precificação. Esse é um dos principais diferenciais da companhia e permite aos agricultores a sustentação da parceria no longo prazo. Como resultado, 23,3% dos frutos processados na fábrica da produtora têm como origem as plantações de produtores parceiros. Em contrapartida, a iniciativa colaborou com o aumento de 528% da renda dessas pessoas.
Biodiesel
A Agropalma foi uma das primeiras empresas do país a produzir biodiesel a partir de subprodutos do processo de produção do óleo de palma, tendo atuado nesse setor entre os anos de 2005 e 2010. Em 2022, a empresa anunciou a reativação deste processo de fabricação, ampliando o leque de matéria-prima a ser utilizado na fabricação devido ao novo processo produtivo adotado. A expectativa é de que sejam produzidos, inicialmente, até 19.000 m3 de biodiesel por ano. O objetivo é fornecer biodiesel para o mercado da região norte do país, fomentando a economia local.
Controle biológico de pragas
Para manter a saúde e o equilíbrio ecológico das plantações, a companhia desenvolveu um eficiente programa de manejo integrado de pragas (MIP) e cuidados orgânicos. Em parte das plantações são adotados métodos que não utilizam produtos químicos prejudiciais a humanos, animais selvagens ou ecossistemas. Nessa abordagem, a Agropalma combate doenças e pragas usando espécies benéficas, como plantas, fungos e insetos predadores, a exemplo dos percevejos.
Construindo o futuro hoje
“Atuando há muitos anos no mercado de dendê e operando plantações no Centro de Endemismo Belém (CEB), nós observamos a importância da iniciativa privada, tanto para promover diretamente a conservação da floresta e da biodiversidade, quanto para impulsionar políticas públicas de desenvolvimento social e econômico a partir de uma premissa sustentável”, destaca Brito.
“A iniciativa privada não pode mais ser apenas parte da discussão sobre a floresta amazônica; ela precisa ser a vanguarda da solução. Nosso papel é demonstrar, com ações contínuas e resultados comprovados, que o desenvolvimento econômico e a floresta em pé não são objetivos opostos. Eles representam o único caminho sustentável para o futuro que desejamos e começamos a fazer hoje, juntos, apoiados na certeza de que somos a mudança que queremos ver no mundo”, finaliza.