Goiás é o estado que mais registrou casos de ferrugem asiática em 21/22

Publicado em 07/02/2022 por por victor faverin, de são paulo

Até a última sexta-feira (4), 67 casos de ferrugem asiática na safra 21/22 de soja foram registrados pelo Consórcio Antiferrugem. Por enquanto, Goiás é o estado com a maior incidência, com 17, seguido de Mato Grosso, que computa 13. No mesmo período do ano passado, haviam 112 focos.

A doença é causa por um fungo que provoca a desfolha precoce, impedindo a formação completa da planta e o enchimento de grãos, resultando em baixo teto produtivo. Em Rio Verde (GO), a proliferação da doença preocupa os agricultores.

Para o presidente do Sindicato Rural do município, Luciano Jayme Guimarães, a tendência é que os focos da ferrugem aumetem ainda mais. ?O produtor tem de ficar muito atento a isso para não sofrer prejuízos em sua lavoura. [?] o produtor deve fazer o monitoramento constante em sua lavoura de uma ou duas vezes por semana?, recomenda.

Os primeiros focos da doença nesta safra foram identificados pelo laboratório do Sindicato, que oferece o serviço sem custos ao produtor. O assessor técnico da entidade, Alexandre Câmara Bernardo, lembra, ainda, que a ferrugem asiática provoca danos de 10% a 90% quando instalada na plantação e não manejada corretamente. ?Estamos à disposição e gratuitamente no Sindicato Rural de Rio Verde para realizar essas análises junto ao setor produtivo?, afirma.

De acordo com a coordenadora do Consórcio Antiferrugem, Claudia Vieira Godoy, a maior preocupação é quanto às cultivares de ciclo tardio. ?Nos últimos anos o que tem sido observado é que as lavouras que são semeadas mais tarde acabam tendo maior incidência da ferrugem porque o fungo se multiplica nas primeiras lavouras colhidas e acaba tendo uma maior pressão da doença nas lavouras mais tardias e acabam demandando um controle mais intensivo, muitas vezes em intervalos menores e sempre associado ao multissítio?, explica.

Ao identificar a doença na planta, o produtor deve redobrar as atenções para não atrasar o calendário de aplicação de fungicidas. ?A ferrugem é a [doença] mais agressiva, mas temos outras doenças para fazer o controle na cultura, até antes da ferrugem [?]?, constata Claudia.