Bolsa da Rússia cai 40% após invasão à Ucrânia; mercados em todo o mundo derretem

Publicado em 24/02/2022 por Jovem Pan

A invasão da Ucrânia por tropas russas nesta quinta-feira, 24, derrubou os mercados em todo o mundo e fez a Bolsa de Moscou despencar 40%. Na direção oposta, ativos considerados mais seguros, como dólar e ouro, registram forte valorização. Por volta das 14h30 (horário de Brasília), o Moex ? referência no mercado de ações da Rússia ?, registrava queda de 33%. Na Alemanha ? a maior economia da União Europeia ?, o índice DAX afundava 4%, mesmo patamar do francês CAC e britânico FTSE. No outro lado do Atlântico, as Bolsas dos Estados Unidos também eram duramente penalizadas. O Dow Jones recuava 2%, enquanto o S&P registrava tombo de 1%. A Nasdaq, referência para as empresas de tecnologia, caía 0,3%. Na Ásia os negócios também fecharam no vermelho. O índice Nikkei, no Japão, encerrou com queda de 1,8%, enquanto a Bolsa de Shanghai caiu 1,7%.O temor dos impactos na distribuição de petróleo em todo o mundo fez o barril tipo brent subir mais de 8%, cotado a US$ 104. É a maior cotação da commodity desde 2014. A Rússia é a maior produtora de petróleo na Europa e uma das líderes mundiais, e o agravamento da tensão faz disparar o risco de desabastecimento energético, o que deve pressionar ainda mais a inflação europeia, atualmente nos maiores níveis em décadas. A escalada do barril também deve impactar o mercado brasileiro. Como desde 2016 a Petrobras pratica a política de basear os seus preços no mercado externo, a alta da cotação pode trazer reajustes às refinadoras. Além das matrizes energéticas, o Leste europeu também é referência na produção de cereais, como milho e trigo. Com o conflito, a tendência é que haja uma corrida para estocar os produtos, o que também deve pressionar os preços e, consequentemente, a inflação.